Eficiência e mensuração

Eficácia, provas e resultados

Cristina PanellaColunas Deixe um Comentário

“What can be asserted without proof can be dismissed without proof.”

Christopher Hitchens

Para falar de Pesquisa em Comunicação, temos que nos colocar no lugar dos gestores das empresas e lembrar do certo desconforto que acomete alguns profissionais de comunicação quando abordamos o assunto mensuração de resultados.

A percepção da atividade como restrita a iniciados que deteriam algum tipo de conhecimento técnico, não necessariamente em fase com as estratégias da comunicação, foi característica do início deste século. A essa percepção se adiciona a certeza de que a atividade de Pesquisa em Comunicação seria dotada da linguagem hermética da matemática, inacessível porque fundada em cálculos.

O cenário atual é bastante diferente, embora, muito ainda se possa fazer no sentido disseminar, entre gestores e profissionais da comunicação, todas as potencialidades que a Pesquisa pode trazer para a governança e eficácia de sua atividade. No fechamento de um ano bastante difícil, antes mesmo de falar sobre os alcances e limites de cada uma das técnicas, ferramentas e aplicativos que vêm se disseminando, é necessário lembrar aos gestores a única questão importante: quanto custa a ineficácia? Qual a soma de dinheiro e de energia (valores ausentes dos balanços empresariais) investidas em ações com pouco ou nenhum resultado?

A ansiedade em resolver a demanda social pela mensuração – totalmente legítima, aliás – acaba por passar como um trator sobre questões centrais, como o esforço necessário de imersão do profissional de comunicação nas questões metodológicas que sustentarão o projeto de diagnóstico e mensuração de resultados de sua área, que não pode ser delegado nem submetido às características de metodologias que alcançaram o sucesso pelo estabelecimento de rankings. Corre-se o risco de terminar por adotar indicadores ou índices construídos a partir de metodologias pouco transparentes ou, no melhor dos casos, pouco adaptados à sua empresa.

É necessário valorizar o momento do diagnóstico que sempre demanda tempo. Para ser elaborado de forma consistente, o diagnóstico deve prever a atualização constante e permitir, pelo recurso ao monitoramento, a correção de rumos antes que o momento da mensuração anual chegue. O diagnóstico elaborado de forma competente deita as bases para a elaboração de indicadores de eficiência e eficácia que deverão ser repetidos e ajustados ano a ano, evitando as armadilhas do curto prazo.

Mais do que isso, deverá incorporar observações também qualitativas sobre os indivíduos e, portanto, conhecimento, cultura e comportamentos, fatores cuja mudança não é perceptível ou estável em curtos espaços de tempo.

Combater a ineficácia demanda planejamento. A cada vez que ouço a objeção não temos tempo para isso, relembro a frase de uma amiga: não existe falta de tempo, mas sim falta de método!

É dessa forma que podemos combater a ineficácia.

Breve apresentação da Cristina Panella Planejamento e Pesquisa. Venha tomar um café para conversarmos sobre suas necessidades.

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