Trabalho em Equipe

O TRABALHO EM EQUIPES MULTIDISCIPINARES

Cristina PanellaNewsletters Deixe um Comentário

A corrida de bastão sempre foi a metáfora escolhida por nós para demonstrar a eficiência e eficácia de profissionais multidisciplinares trabalhando em conjunto para uma única meta.

Final de julho, início de agosto, 2016: é quase incontornável pensar nas Olimpíadas. O que me levou a lembrar da metáfora que sempre utilizei com as diferentes equipes com as quais tive oportunidade de trabalhar – a da corrida de bastão (1).

Para melhor entender como pode funcionar a multidisciplinaridade entre as áreas da comunicação, pesquisa, recursos humanos, administração e outras, vou dar o exemplo de como atuamos em nossa área técnica. Para os que não conhecem, o trabalho em uma empresa de pesquisa exige momentos de concentração – e silêncio. Há inúmeras fases, bastante técnicas, que requerem esse estado de espírito e de ambiente – da redação de um questionário ao processamento de dados estatísticos, passando pela tarefa de categorizações das inúmeras respostas colhidas por meio de uma questão aberta. Para que o trabalho funcione e a meta de produzir um relatório acurado, bem escrito, bem apresentado, com insights e recomendações seja atingida, é absolutamente necessário que as diferentes etapas de trabalho sejam realizadas de forma independente, responsável e absolutamente correta.

Ao longo dos anos, contando com o aporte das diferentes equipes que se sucederam em nossa empresa, construímos um manual, que começou a partir de um simples check-list, elaborado inicialmente como uma lista de tópicos que tinha por objetivo evitar esquecimentos dos estagiários ainda pouco familiarizados com as inúmeras etapas e detalhes dos processos de pesquisa. Foi com prazer que constatei sua transformação, ao longo dos anos, em um instrumento efetivo, utilizado por todos para minimizar dúvidas sem, no entanto, reprimir a criatividade tão cara à nossa atividade. Pela dinâmica de nossa área, o Manual continua vivo, recebendo novas atualizações e precisões e contribuindo para a empregabilidade dos colaboradores.

FILOSOFIA: A CORRIDA DE BASTÃO
O trabalho em uma empresa de pesquisa é, na maior parte do tempo, realizado de forma individual, embora sempre pensado dentro de um processo (que inclui métodos e abordagens mas também a equipe, clientes, prospects e parceiros). Assim, sempre julguei importante definir e ter em mente uma forma de trabalho que respeitasse a competência técnica individual evitando a simples justaposição de técnicos e produtos.

Foi assim que adotamos uma filosofia de trabalho em equipe baseada na metáfora da “corrida de bastão” e em sua tríade: confiança, competência e velocidade.

Trabalhamos sobre o substrato da confiança – apoiamo-nos na qualidade da informação e do material que recebemos (nosso bastão). Realizamos nossa parte da melhor maneira possível, e assumimos o compromisso de passar o bastão também com o melhor e mais acurado conteúdo. Imprimimos, também, velocidade ao nosso trabalho pois de nada adianta perder oportunidades por questões de prazo.

POR QUE A METÁFORA DA CORRIDA DE BASTÃO É TÃO RICA?
Em nossa opinião, dois são os principais motivos para isso.

a) O respeito à individualidade e competências diferentes: a metáfora da corrida de bastão apoia-se no trabalho em equipe e suprime a unicidade técnica do trabalho assim como a exigência do trabalho de profIssionais em um mesmo local. Ou seja: ela admite não só a multidisciplinariedade – várias disciplinas podem trabalhar juntas – como também o trabalho entre parceiros em diferentes locais geográficos.

b) A confiança da expertise dos colegas e o senso de responsabilidade individual está em sua base: o indivíduo que recebe o bastão tem a certeza de que seu colega fez o seu melhor, no melhor prazo. E assim ele também o fará antes de passar o bastão.

Todo e qualquer tipo de trabalho – inter ou transdisciplinar – pode se beneficiar dessa filosofia que aposta nas individualidades em prol do grupo e permite a avaliação individual dos membros da equipe, impedindo que deficiências individuais sejam mascaradas pelo resultado do trabalho em comum. Além disso, deixa os membros de uma equipe preparados para a cooperação com diferentes disciplinas.

(1) A corrida de bastão ou revezamento é uma modalidade esportiva inspirada nos correios da Antiguidade – quando os rolos de pergaminhos contendo as mensagens eram enviados por meio de corredores. Hoje, o revezamento é uma prova de pista do atletismo. São corridas entre equipes de 04 atletas que devem cumprir, cada um deles, uma quarta parte de percurso. Ao término de sua parte o atleta deve passar um bastão ao companheiro que lhe sucede. O êxito dependerá de dois fatores principais: precisão na saída e na passagem do bastão.

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Breve apresentação da Cristina Panella Planejamento e Pesquisa. Vamos tomar um café para conversarmos sobre suas necessidades?

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