Vamos ampliar a discussão – e o escopo da pesquisa?

Cristina PanellaColunas

Durante toda a minha vida profissional recebi inúmeras perguntas de prospects, clientes e mesmo da mídia sobre qual seria a amostra mínima necessária para uma boa pesquisa, quantas questões um bom questionário deveria ter e, obviamente, qual o custo mínimo de uma pesquisa (muitas vezes sob a seguinte formulação: a partir de que tamanho uma empresa pode realizar uma pesquisa)?

Percebi, então, que temos que inverter nosso raciocínio e deixar a zona umbilical da empresa para vislumbrar e enfrentar o cenário concorrencial.

Para isso, temos que praticar a alteridade, ou seja, colocar-nos no lugar do outro – consumidor, prospect, fornecedor, empregado, membro do poder público, entre outros – e pensar a partir de seus parâmetros. Bastante rapidamente chegaremos à conclusão de que o principal motor das decisões dos públicos são as escolhas.

Escolhas sempre utilizam como guia a comparação. Desde Piaget, aliás, ficou estabelecido que nosso raciocínio utiliza, desde a infância, o método comparativo. E seguimos assim na vida adulta e nas principais ciências humanas que sempre utilizaram a comparação como principal método.

Recomendamos, sempre, que o mesmo método seja utilizado nas análises empresariais. A mesma atitude deve nortear nosso trabalho. Algumas vantagens decorrem dessa posição:

a) a primeira delas é o benchmarking que a abordagem proporciona, permitindo que seja desenhado um cenário claro, que tome em conta os principais atributos de cada concorrente;
b) a segunda vantagem reside em substituir o receio – muitas vezes transformado em arrogância – da concorrência, fazendo com que a atitude de crítica direta e descarte seja abandonada;
c) enfim, a vantagem do conhecimento proporcionado pela imersão na visão do outro – seja ele um consumidor, um empregado ou outra empresa – que, ao mesmo tempo relativiza nossa posição enquanto alimenta nossa capacidade de inovação.

Conhecido como desk research, esse é, sem dúvida o modelo inicial e mais eficaz de pesquisa para delimitar, com precisão – e economia – o valor a ser investido na pesquisa primária que virá a seguir e, principalmente, para aumentar a capacidade de análise sobre os dados obtidos.

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