Vamos voltar ao básico?

Cristina PanellaNewsletters

A importância da imagem na performance das empresas

Um mês após a eleição presidencial, as escolhas efetuadas permitem antever, com relativa segurança e aval de especialistas, um ano duro em 2015. Má noticia para os indivíduos, má notícia para as empresas em geral.

No entanto, as empresas que vivem nesse cenário deverão trabalhar dobrado para atingir metas compatíveis com seus custos, ainda que efetuando cortes e, principalmente, aproveitar todo o espaço que houver para crescer, movimento intrinsicamente necessário ao setor empresarial. É hora, portanto, de mobilizar o conhecimento obtido e buscar outros, cercando-se de dados e insumos que possam, de fato, sustentar o planejamento 2015, temperando-o com a dose de ousadia que caracteriza os empreendedores.

O impacto dos resultados 2014 – um ano também atípico e difícil – recomenda que se deixe de lado as preocupações de longo prazo e métodos supostamente inovadores de medição do intangível para voltar ao básico. Mas o que é o básico no gerenciamento de empresas? O básico pode ser resumido em três afirmações:

  1. Empresas existem em um ambiente concorrencial A existência de concorrentes é um fato lembrado quase que exclusivamente quando a empresa perde uma concorrência. No entanto, um posicionamento de mercado forte assim como uma estratégica eficiente dirigida à ampliação do Mercado e Imagem da empresa, depende da tomada em conta contínua dos concorrentes.
  2. Parte do valor das empresas é determinado a partir da imagem que seu público-alvo tem dela Edificações, maquinário e colaboradores constituem a parte imediatamente tangível, quase material do capital da empresa. A outra parte é determinada pela imagem que seus clientes têm dela.
  3. A imagem total de uma empresa é o produto das percepções dos diferentes públicos estratégicos (stakeholders) O custo – real ou imaginado – dos serviços especializados, no caso de pequenas, médias ou grandes empresas deve ser analisado qualitativamente e calculado para ser efetivamente transformado em investimento.

Estas três premissas são subjacentes à metodologia que desenvolvemos e perpassam constituem o extrato dos produtos que oferecemos em pesquisa, adaptados aos valores de investimento disponíveis. O valor investido deve ser proporcional não somente aos objetivos de conhecimento, mas também aos recursos de que dispõem as empresas.

Em 2015 precisaremos, mais do que nunca, ter o resultado por foco – tanto empresarial como em nossos projetos de pesquisa. Para isso, é bom voltar ao básico, entendendo e medindo, mais do que a reputação (saldo da imagem ao longo dos anos) as percepções dos diferentes públicos que formam a imagem das empresas. Porque, para fazer crescer ou mudar uma imagem, teremos que realizar um trabalho eficiente entre os diferentes públicos. E isso somente será possível se compreendermos as percepções compartilhadas por cada um deles.

 

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